A genealogia de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), 1.º conde de Oeiras (1759) e 1.º marquês de Pombal (1770), Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra (1750-1756) e depois dos Negócios do Reino (1756-1777), suscitou desde muito cedo o interesse dos historiadores, tendo havido da parte de alguns a tendência para lhe procurar origens obscuras que não correspondem à verdade. O futuro valido de D. José I era, de facto, oriundo de uma família fidalga, ainda que não de primeira nobreza, e na qual se encontram diversos militares e magistrados, nomeadamente desembargadores do paço e da Casa da Suplicação, um dos quais instituidor de um morgado que Carvalho e Melo veio a herdar. Numa estratégia que era habitual na aristocracia, casou sucessivamente com duas pessoas do seu grupo social – Teresa Maria de Noronha, sobrinha do conde dos Arcos, e Leonor Ernestina, condessa de Daun – e teve idêntico procedimento face aos matrimónios dos filhos. Dele descendem várias famílias nobres, nomeadamente as de Rio Maior, Saldanha e S. Paio, para além, evidentemente, da de Pombal. Com base em fontes diversas e em estudos recentes, elaborou-se este quadro genealógico que possibilita uma visão panorâmica quer dos antepassados quer dos descendentes de uma das figuras mais marcantes do século XVIII português.
Paulo Drumond Braga
Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta

Este roteiro crono-biográfico de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), 1.º conde de Oeiras (1759) e 1.º marquês de Pombal (1770), Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra (1750-1756) e depois dos Negócios do Reino (1756-1777), percorre as mais de oito décadas de vida pública, mas igualmente privada daquele que foi um uma das figuras mais marcantes do século XVIII português. Uma aturada investigação permitiu trazer à luz do dia dados desconhecidos ou menos conhecidos e precisar datas que suscitavam alguma dúvida. Atendendo a que a memória do estadista persiste no coletivo nacional, entendeu avançar-se cronologicamente quase até aos nossos dias, contemplando aspetos tão diversos como as várias trasladações dos seus restos mortais e as inaugurações de monumentos evocativos da sua figura. Sebastião José surge, assim, integrado no seu tempo mas igualmente num tempo longo que nunca deixou de o relembrar.
Paulo Drumond Braga
Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta